domingo, 11 de dezembro de 2011

Quadro expressionista.


O Grito-Edvard Munch

Pintor expressionista.

 Edvard Munch (1863-1944)


Pintor norueguês cujos quadros e obra gráfica, tristes e angustiantes representações, baseadas em suas obsessões e frustrações pessoais, abriram o caminho para o desenvolvimento do Expressionismo.
A sua obra mais conhecida é “O grito” (1893) que, junto com “Criança doente” (1881-86), refletem o trauma que sofreu em sua infância quando sua mãe e irmã morreram. Esta obra é um exemplo dos temas que sensibilizam os artistas ligados a essa tendência.
Nela a figura humana não apresenta suas linhas reais mas contorce-se sob o efeito de suas emoções. As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador. A perturbação mental influenciou sobremaneira a vida de Edvard Munch.
Em 1890, Munch esteve internado durante dois meses em Le Havre (França) para “tratamento nervoso”. Tratou-se também na Suíça, em 1900, e em Bad Elgersburg, Turíngia, cinco anos depois, onde foi diagnosticado como portador de grave neurastenia.
Ao pintar “O grito” ele expressou (Expressionismo) o seu cotidiano inferno interior e o mal-estar que a loucura lhe causava... O gesto de Munch tapando os ouvidos, foi posteriormente repetido por sua irmã Sophie, nos quadros A mãe morta e a criança (1899) e A mãe morta e a criança (1900).

Estilos Artísticos- Expressionismo

O expressionismo foi um movimento cultural de vanguarda surgido na Alemanha nos primórdios do século XX, de indivíduos que estavam mais interessados na interiorização da criação artística do que na sua exteriorização, projetando na obra de arte uma reflexão individual e subjetiva. Ou seja, a obra de arte é reflexo direto do mundo interior do artista expressionista.

O expressionismo plasmou-se num grande número de campos: arquitetura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança, fotografia, etc. A sua primeira manifestação foi no terreno da pintura, ao mesmo tempo que o fauvismo francês, fato que tornaria ambos movimentos artísticos nos primeiros expoentes das chamadas "vanguardas históricas". Mais que um estilo com características próprias comuns foi um movimento heterogêneo, uma atitude e uma forma de entender a arte que aglutinou diversos artistas de tendências variadas e diferente formação e nível intelectual. Surgido como reação ao impressionismo, frente ao naturalismo e o caráter positivista deste movimento de finais do século XIX os expressionistas defendiam uma arte mais pessoal e intuitiva, onde predominasse a visão interior do artista –a "expressão"– frente à plasmação da realidade –a "impressão"–.

O expressionismo costuma ser entendido como a deformação da realidade para expressar mais subjetivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo é extrapolável a qualquer época e espaço geográfico. Assim, com frequência qualificou-se de expressionista a obra de diversos autores como Matthias Grünewald, Pieter Brueghel, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. 
Alguns historiadores para o distinguir, escrevem "expressionismo" –em minúsculas– como termo genérico e "Expressionismo" –em maiúsculas– para o movimento alemão

domingo, 16 de outubro de 2011

1ª República Portuguesa


Depois do golpe de estado de 5 de Outubro de 1910 que substituiu a Monarquia Constitucional pelo regime republicano, o nome da Guarda Municipal de Lisboa e Porto foi alterado para Guarda Republicana de Lisboa e Porto. De notar que a Guarda Municipal foi a última força monárquica a render-se aos republicanos, sendo, por isso, curioso o fato de se ter transformado talvez na única instituição pública portuguesa com o título de "Republicana". 
Guarda Nacional Republicana (GNR) Por decreto de 3 de Maio de 1911 foi criada a Guarda Nacional Republicana, substituindo a Guarda Republicana, como uma força de segurança composta por militares, organizada num corpo especial de tropas, dependendo em tempo de paz do ministério responsável pela segurança pública, para efeitos de recrutamento, administração e execução dos serviços correntes, e do ministério responsável pelos assuntos militares para efeitos de uniformação e normalização da doutrina militar, do armamento e do equipamento. Em situação de guerra ou de crise grave, as forças da GNR ficarão operacionalmente sob comando militar. Em 1993, a GNR absorveu a Guarda Fiscal que havia sido criada como força independente em 1885, a qual se tornou a Brigada Fiscal da GNR. Em 2006 foi integrada, na GNR, a Polícia Florestal (Corpo Nacional da Guarda Florestal), sendo inseridos os seus elementos no Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), reforçando a Guarda Nacional Republicana no âmbito da fiscalização e sensiblização ambiental 

1ª República Portuguesa



Viva a Republica. Sob a divisa de Alvorada, a primeira moeda comemorativa Republicana só poderia ser alusiva à Proclamação da República em 5 de Outubro de 1910. É uma moeda com dois autores, uma vez que sendo comummente atribuída ao escultor José Simões de Almeida (Sobrinho), na realidade o famoso anverso da alvorada republicana é obra do escultor Francisco dos Santos. 


Ano: 1914-Valor Facial: 1 escudo-Metal: prata 835 º/oo-Acabamento: normal-Diâmetro: 37 mm-Peso: 25 g-Bordo: serrilhado-Eixo: vertical-Tiragem: 1.000.000-Escultor: A/ Francisco dos Santos - R/ José Simões de Almeida (Sobrinho)-Gravador: Alves do Rego-Legislação: Decreto-Lei nº 927 de 3 de Outubro de 1914

1ª República Portuguesa



A Primeira República Portuguesa que decorreu de 1910 a 1926 e constituiu a primeira tentativa de estabelecer e manter uma democracia parlamentar. Contudo, apesar das boas intenções e dos seus ideais, os Republicanos não conseguiram criar um sistema que fosse estável. A República foi prejudicada por diversas razões: violência pública, instabilidade política, falta de continuidade administrativa e por alguma “incapacidade” governamental.Neste período de quase 16 anos, Portugal teve quarenta e cinco Governos, oito eleições gerais, oito Presidentes. Os historiadores consideram que a I República Portuguesa foi o regime parlamentar mais instável da Europa ocidental. Muitos foram os problemas que tiveram de ser enfrentados durante este período: económicos e financeiros graves e a enorme dívida pública herdada da Monarquia. Depois de 1914 surgiram as despesas militares decorrentes ou relacionadas com a guerra, assim como a inflação e a desvalorização da moeda.O comportamento dos políticos, a ineficácia dos partidos e a falta de segurança foram, ainda, causas apontadas para o insucesso da Primeira República. 
Presidentes da República De 1910 até à actualidade muitos têm sido os perfis dos titulares deste cargo. A existência de um Presidente da República é favorável durante a votação que ocorreu na Assembleia Nacional Constituinte de 1911. Durante a I República o poder é centrado no Parlamento, tendo o Presidente da República uma actuação limitada. Foi com a Constituição da Republica de 1933 que o Presidente da República passou a ter um vasto poder, diminuindo o papel/importância do Parlamento.

1ª República Portuguesa

Hino


A marcha A Portuguesa, hoje executada como Hino Nacional , surgiu em 1890, como protesto contra a capitulação política de D Carlos I ao Ultimato Inglês (Mapa Cor de Rosa - Pretensão Portuguesa de anexar os territórios africanos entre Angola e Moçambique), pelo então recém formado Partido Republicano. Por altura da falhada Revolução de 1891, ela fora adoptada como cântico revolucionário anti-monárquico. Foi então proibida pelo Rei e, ao longo do tempo, sofreu alterações, até ser oficializada como o actual Hino Nacional. Por exemplo,  o «Contra os canhões ...» era cantado « Contra os Bretões...», em que Bretões  se referia aos Ingleses.


1ª República Portuguesa

A Bandeira Nacional:



O verde-escuro, cor da Natureza, representa a Esperança em melhores dias, os campos verdejantes do país, e a Liberdade.
O vermelho-escarlate simboliza o valor e o sangue derramado ao longo da história, e a Vida.
A Esfera Armilar, amarela, e no centro, representa os Descobrimentos Portugueses.
A Esfera Armilar, de ouro em fundo azul (com o Escudo de Armas), já existiu na bandeira de D. João VI (1816 - 1826), simbolizando então, o reino do Brasil e foi, igualmente, o emblema pessoal de D. Manuel I.